domingo, 14 de novembro de 2010

Desculpo-me já ou espero o fim do texto?
Enfim... sumi e não pretendo fazê-lo novamente. Agora, mais do que nunca, sinto uma vontade incessante de exteriorizar meus pensamentos, de torná-los argumentos e pô-los em discussão.
Desde que cheguei a São João del-Rei, sinto meu poder de persuasão e discussão, meus conhecimentos, minha visão e meus argumentos, aumentarem. E desde então, é sempre essa sensação de 'cabeça pensante' e a vontade de fazê-la pensar mais e mais.
Confesso, também, que desde minha chegada, tive altos e baixos e, não somente uma vez, entreguei-me para os contras e quis desistir. Há algumas semanas sentia-me assim, até que começaram as atividades da I Semana Acadêmica de Comunicação Social - Jornalismo da UFSJ. Soou um tanto quanto propagandista esse meu trecho, porém foi realmente o que aconteceu.
No decorrer de nossa semana - que teve duração de somente três dias -, foram desenvolvidas quatro oficinas e, em cada dia, tivemos um palestrante na Universidade. No primeiro destes, recebemos José Eduardo Gonçalves, presidente da Rede Minas, emissora (diferenciada) de TV daqui do estado, cuja programação própria é a maior de Minas Gerais. Eu usei o 'diferenciada' pois, para início de conversa, o palestrante teve como inspiração para iniciar seu curso de Jornalismo na PUC-MG, em 1980, o também jornalista Vladimir Herzog, cuja morte completou 35 anos no início da semana anterior a palestra. Vladimir foi assassinado nos porões do DOI-CODI por agentes da ditadura depois de descoberta sua ligação com o Comunismo. Ou seja, José Eduardo respira revolução e isso é transparecido na programação de sua emissora. Esta conta com programação extremamente cult, se comparada às atuais TVs, praticamente em sua totalidade voltadas à programação comercial. É evidente a ânsia por mudança presente da Rede Minas.
O diretor falava com muita calma, mas o que dizia chegou a mim como uma chuva de meteoros. Consegui sentir a paixão com que ele descrevia toda sua caminhada dentro dessa profissão tão privilegiada, a qual escolhi. Foi através de suas palavras que tive certeza que o que tenho estudado e aprendido é o que quero para minha vida; é nesta área que quero me aprofundar e aprender cada dia mais, exercendo. Essa possibilidade de poder fazer o que eu gosto, modificando ao meu redor e fazendo história, ficou evidente nas palavras de José Eduardo. E era disso que eu precisava, desse gás. Agora sei que só depende de mim - como já havia há tanto se evidenciado. Sinto que estou pronta pra todo o resto de curso, surjam as adversidades que surgirem. Sei que outros 'baixos' aparecerão, mas a recompensa que obterei por desviá-los, será indescritível.
Ao fim da palestra, foram abertos alguns minutos para perguntas dos colegas. O palestrante, então, foi questionado sobre quais são os requisitos para que um aspirante a jornalista faça parte do grupo Rede Minas. A resposta foi simples e não poderia ter sido mais verdadeira: "um dos únicos requisitos são o brilho no olho." Preciso falar mais alguma coisa?

"Jornalismo é quase uma profissão como qualquer outra. O que a diferencia, é que esta pode fazer a diferença e faz."
José Eduardo Gonçalves

Um 'até breve' de uma Laís renovada.