quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Coisas que não vou mais fazer voltando a morar com minha mãe

Primeira e mais significativa mudança (que já sentia a cada vez que voltava a Jundiaí): no more fazer comida, usar o computador, lavar louça ou realizar qualquer outra atividade pelada;

- Deixar louça de um dia para o outro na pia;
- Guardar panelas grandes com uma colher de comida dentro só pra não ter de lavá-la;
- "Jantar" amendoim porque não tenho dinheiro;
- Manter papéis acumulados em todos os cantos da casa;
- Ficar mais de uma semana sem passar, ao menos, uma vassoura nos cômodos;
- Ouvir o cd do Jeneci ou assistir o DVD do Queens of the Stone Age com o volume MUITO ALTO;
- Apagar a luz para ver TV (sim, minha mãe não consegue);
- Abrir a geladeira e pegar uma cerveja em plenas 15h de uma terça-feira (unicamente, por me incomodar);
- Não arrumar a cama um dia sequer da semana;
- Ficar com a janela aberta à noite;
- Voltar a pé às 4h da manhã - às vezes, sozinha;
- Meditar;
- Fazer tudo a pé;
- Fazer tudo sozinha.

(e outras cositas más que o dia-a-dia nos comprova...)

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Goodbye, so long, farewell!

Não tem um santo dia, desde agosto/setembro em que não acorde e pense, meu estômago embrulhe e me venha um mau-humor incontrolável, resultado do receio. E ele é maior que tudo. No começo, eu dizia que o que mais doía era saber que o que tinha de ser feito não era o que eu queria fazer e que, o que eu queria fazer, eu não conseguia, por saber disso.
A indecisão durou quatro meses. De muita conversa, muitomuito choro, muitos planos, muitas soluções... sem ninguém me dar respostas - porque, infelizmente, eu dependia delas para me mover. Foi preciso um tapa na cara pra tudo se tornar tão insuportável a ponto de 'infecctar', até mesmo, aqueles distantes 500 km de mim. E aí a resposta veio de quem mais devia.

A partir dela, se as dúvidas não haviam mais, o caminho não foi facilitado, mesmo assim, pelas pedras que foram aparecendo. Eu, no meu espírito intenso, nisso também não falhei. Uma lasca tornava-se a uma pedra do tamanho da "Da Baleia" e eu quase desabava - QUASE, mais uma vez, graças aos distantes.
E graças a Deus não desisti. Eu sei o que estou deixando para trás e, acima de tudo, QUEM estou deixando e isso doi demais. Mas há sempre uma anestesia: os 500 km que podem ser supridos sempre que o dinheirinho sobrar; que podem ser transformados e convertidos em minutos pela internet; os telefonemas caríssimos, feitos, sempre, com a desculpa do nível alcoólico no sangue.
Eu sei disso. Sei do que estou indo atrás. E a sensação satisfatória que me dá, o medo que some, a alegria que grita em pensar nos dias que faltam... tudo isso que acontece, ao mesmo tempo, em momentos como agora, ouvindo "Guerreiro" do Curumin, me faz só pensar "como demorei tanto tempo?". Só creio que seja pra valorizar tudo que fiz, tive, farei, tenho e estou buscando ter. Deus me abençoe! E obrigada por tudo de bom e ruim, São João. Vou, sim, morrer de saudades!