quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Coisas que não vou mais fazer voltando a morar com minha mãe

Primeira e mais significativa mudança (que já sentia a cada vez que voltava a Jundiaí): no more fazer comida, usar o computador, lavar louça ou realizar qualquer outra atividade pelada;

- Deixar louça de um dia para o outro na pia;
- Guardar panelas grandes com uma colher de comida dentro só pra não ter de lavá-la;
- "Jantar" amendoim porque não tenho dinheiro;
- Manter papéis acumulados em todos os cantos da casa;
- Ficar mais de uma semana sem passar, ao menos, uma vassoura nos cômodos;
- Ouvir o cd do Jeneci ou assistir o DVD do Queens of the Stone Age com o volume MUITO ALTO;
- Apagar a luz para ver TV (sim, minha mãe não consegue);
- Abrir a geladeira e pegar uma cerveja em plenas 15h de uma terça-feira (unicamente, por me incomodar);
- Não arrumar a cama um dia sequer da semana;
- Ficar com a janela aberta à noite;
- Voltar a pé às 4h da manhã - às vezes, sozinha;
- Meditar;
- Fazer tudo a pé;
- Fazer tudo sozinha.

(e outras cositas más que o dia-a-dia nos comprova...)

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Goodbye, so long, farewell!

Não tem um santo dia, desde agosto/setembro em que não acorde e pense, meu estômago embrulhe e me venha um mau-humor incontrolável, resultado do receio. E ele é maior que tudo. No começo, eu dizia que o que mais doía era saber que o que tinha de ser feito não era o que eu queria fazer e que, o que eu queria fazer, eu não conseguia, por saber disso.
A indecisão durou quatro meses. De muita conversa, muitomuito choro, muitos planos, muitas soluções... sem ninguém me dar respostas - porque, infelizmente, eu dependia delas para me mover. Foi preciso um tapa na cara pra tudo se tornar tão insuportável a ponto de 'infecctar', até mesmo, aqueles distantes 500 km de mim. E aí a resposta veio de quem mais devia.

A partir dela, se as dúvidas não haviam mais, o caminho não foi facilitado, mesmo assim, pelas pedras que foram aparecendo. Eu, no meu espírito intenso, nisso também não falhei. Uma lasca tornava-se a uma pedra do tamanho da "Da Baleia" e eu quase desabava - QUASE, mais uma vez, graças aos distantes.
E graças a Deus não desisti. Eu sei o que estou deixando para trás e, acima de tudo, QUEM estou deixando e isso doi demais. Mas há sempre uma anestesia: os 500 km que podem ser supridos sempre que o dinheirinho sobrar; que podem ser transformados e convertidos em minutos pela internet; os telefonemas caríssimos, feitos, sempre, com a desculpa do nível alcoólico no sangue.
Eu sei disso. Sei do que estou indo atrás. E a sensação satisfatória que me dá, o medo que some, a alegria que grita em pensar nos dias que faltam... tudo isso que acontece, ao mesmo tempo, em momentos como agora, ouvindo "Guerreiro" do Curumin, me faz só pensar "como demorei tanto tempo?". Só creio que seja pra valorizar tudo que fiz, tive, farei, tenho e estou buscando ter. Deus me abençoe! E obrigada por tudo de bom e ruim, São João. Vou, sim, morrer de saudades!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Meditação Universitária

Respira, Laís, respira que são só mais dois anos e a liberdade será infinita.
Respira, que logo logo seu salário, no mínimo, triplica e, aí, nada mais de contar moedas pra comprar a ração da gata; 'passar fome' no fim do mês e vontade nele todo.
Respira, que pode ser só um semestre muito ruim da faculdade.
Respira, que em muito breve você tem a vida que sempre quis pra si. E pra vocês.
Respira, Laís, poxa, não era o que querias? Então respira.
Respira que aquele 'lá' tão longe, tão distante, tão inatingível, está cada vez mais perto. E aí a sexta vai acontecer sempre, os domingos voltarão a ser azuis, a comida muito mais gostosa e os lençóis sempre mais cheirosos e aconchegantes que os de agora.
Respira, que logo as escolhas serão só suas.
Respira, que o dia de encontrar todos ao alcance dos seus olhos está chegando.
Respira, porque essa proposta de hoje há de ser só a primeira.
Respira, que tem quem te espere, e torça, e queira, e entenda, e ajude.
Respira, que tudo há de compensar.
Respira e vai. Antes que o fôlego acabe.

-

Aqui onde eu estudo, sinto que sou uma das que mais sente o fato de estar longe. Longe de onde se pertence. Longe de onde se deveria. Longe. Quando as crises quase que diárias de ausência de um sentido disso tudo me acometem, eu respiro. Funnnndo... até passar. Às vezes eu choro, quase que como uma expiração. E como uma falta de ar, vem aquela tromba d'água. Até sair dessa atmosfera rarefeita demais pros meus pulmões infantis. Mas o sair, na verdade, nunca é, realmente, sair. É só anestesiar com a voz da minha mãe do outro lado da linha. Do estado.
E se eu não respiro, a confusão é tanta que, no fim, não sei o que fazer; não sei o que estou fazendo. Esse é um desses momentos. Eu deveria estar fazendo uma coisa. Mas só faço outras. Quase como foi durante esse semestre inteiro: eu deveria estar estudando, me dedicando, aprendendo... mas estava ocupada demais pensando em esclarecimentos como esse - ou só internos -; pensando na próxima ida pra casa; pensando em dormir e não levantar até o ano acabar.
Mas sou obrigada a estar atenta à minha respiração diariamente. Sou obrigada a meditar. Senão, me perco. E esse é um presente que ainda não posso me dar. Então respiro, porque é sempre o melhor remédio.

E, com vossa licença, esse foi um texto bem pessoal, daquele jeitinho que eu adoro, mas que vocês nunca tiveram acesso.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Sessão Teoria, primeira edição

Seguindo uma bela idéia de minha amiga Luana (ou, ainda, @Luana_u), resolvi criar uma sessão aqui no Blog - além de uma outra na qual estou trabalhando e estou ansiosa pra pô-la em prática; aguardeemmmmm *Sílvio Santos style*.
Nessa sessão "Teoria" lançarei teorias pensadas por mim, diante de determinadas situações. Teoricamente, teorias, entendem? Quando vejo algo e começo a pensar sobre, idéias fazem 'pop!' na minha cabeça e coisas que (para mim) fazem sentido começam a surgir. Agora vou tornar públicas tais idéias, além de aceitar novas propostas para essa sessão.

-

Começo com uma idéia que brotou ontem.
Resolvi participar de uma sessão de meditação coletiva. A sessão inicia-se com meia hora de "dança" para ativação da célula hipófise (?), que contribuirá para a concentração na meditação, que vem em seguida. Durante essa dança, emitimos um mantra, "Baba Nam Kevalam" (algo como "o amor de Deus está em tudo"). E aí vem minha teoria.
A aceitação de religiões orientais está cada vez maior hoje em dia. Obviamente, não tenho dados estatísticos, mas, como disse, não são teorias reais; são idéias. Essa minha impressão parte do círculo que frequento, das pessoas que conheço e de coisas que vejo. Enfim.
O que pensei é: visto essa maior aceitação de religiões estrangeiras e suas culturas, estaríamos nós fugindo de nossas religiões e culturas consagradas? E ainda: se sim, estaríamos nós fazendo isso porque a proclamação do divino, seu "evangelho" e tudo que se relaciona a essa religião é menos "vergonhosa" quando feita em uma língua ou a um modo que não um dominado por todos?
Hoje em dia, aqueles que evangelizam, aderem a culturas religiosas já conhecidas são execrados, alvos de chacota. Ainda mais se forem jovens. Se fazem o mesmo com religiões diferentes de nossa cultura, são considerados seres elevados, pessoas melhores - ou, numa outra extremidade, porras-loca.
Ontem depois da sessão, voltei pra casa cantando/mentalizando o mantra; hoje estou trabalhando ao som do CD de mantras. Nunca teria paciência de fazer o mesmo com uma música ou um CD gospel/de música religiosa. Seria a adoração a Deus(es) algo tão vergonhoso que, quanto mais distante de nossa realidade - com uma maneira diferente de rezar, em outra língua e aderindo a outros costumes - mais fácil é?

E aí, concordam?
Comentem, opinem e proponham novas idéias. Agradeço!

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Cadê a educação, São João?

Moro em São João del-Rei há exatos 1 ano e meio. Desde o primeiro dia, sabia que estava me mudando para 'um novo país'. Só sendo paulista e vindo pra Minas pra saber as diferenças encontradas aqui...
De início, antes de ofender meus colegas sãojoanenses, já aviso: não, Jundiaí/São Paulo não são perfeitos; sim, sou moradora daqui agora - mesmo que provisoriamente - e, portanto, não deveria nutrir essa revolta/repulsa tão grande com algumas coisas daqui. Mas, honestamente, não tenho o que fazer.

Logo quando mudei, percebi o descaso (bem grande, por sinal) em relação ao lixo. Num geral, as pessoas não se preocupam se o porão em seus portões assim que saem pra trabalhar, mas o caminhão que recolhe só passa perto das 16h/17h. Fazendo isso, não pensam nos (dezenas de) milhares cachorros de rua da cidade, que perambulam atrás de comida o dia todo e, sim, vão remexer seu lixo. Não bastando isso, a preocupação com separação do lixo reciclável ou o destino dado a ele é perto de nula. Um dos únicos meios de melhor cuidar desta questão é a Associação dos Catadores de Recicláveis de São João del-Rei (ASCAS), que praticamente mendiga atenção dos órgãos públicos.
E, então, a cidade fica cheia de lixo nos meios-fios, que são facilmente levados até as bocas-de-lobo/bueiros, onde concentram-se e causam, além do mau-cheiro, entupimentos, especialmente nas épocas de chuva. Quisera tal descaso ser somente com o lixo produzido dentro de casa...
Não é necessário andar muito para perceber a falta de lixeiras nas ruas da cidade. Especialmente nas ruas históricas, marco tão valorizado pelos moradores daqui. A quantidade de bitucas de cigarro, papéis dos mais variados - daqueles de bala às páginas de jornal -, caixas diversas e sacolas de supermercado, é incontável. Mais ainda estas últimas. Não se pode, realmente, esperar uma atitude diferente de uma cidade que nunca foi educada a ter onde jogar seu lixo enquanto anda pelas ruas.
Na semana retrasada, voltando de uma caminhada na Serra de São José, me fizeram evidente a volta à 'civilização'. Ao pé da serra, um casal namorava dentro do carro, ambos com seus 40 e poucos anos. Acho que interrompemos algo, eu e meus amigos que estavam juntos, e então a mulher acendeu rapidamente um cigarro. Mas era o último do pacote e ela, então, jogou o maço vazio pela janela. Aquilo me pareceu tão grotescamente errado que minha atitude normal diante de situações como esta - ficar olhando, às vezes recolher e balançar a cabeça em reprovação - foi potencializada. Parei ao lado do carro e olhei fundo no olho da mulher, que me devolveu o olhar com aquela cara de "Quequicêqué?!". Não senti que poderia enfrentá-la. Pensei na falta de educação pela qual ela deveria ter passado durante toda sua vida e segui. Andei e comecei a contabilizar o incontável: quantas vezes cenas iguais a essa já tinham acontecido na minha frente.
Esse é um caso ruim, pois a mulher poderia recolher seu maço vazio e levá-lo para casa, pra jogar no lugar certo. Ou, até mesmo, jogar em seu carro e esquecê-lo lá. E essa incongruência me remete às 07h43 de hoje.
Vindo trabalhar, sonolenta, com Criolo no fone e um passo lento, passei pela mesma rua de todo dia. Dia aberto, mas frio; dá vontade de olhar pro céu. Mas tinha um sobrado no meio do caminho. No meio do caminho tinha um sobrado. No sobrado, uma janela. Na janela, uma moça. Na mão da moça, um papel. Este, por sua vez, lançado no terreno baldio ao lado da casa dela.
Mais uma vez, atitude padrão: olho no olho dela - que estava longe demais para ela enchergar -, passando minha reprovação e a cabeça balançando exterioriza isso.
Nesse ponto, qual a justificativa? Ela estava dentro de casa, com mil saquinhos de supermercado, e, no mínimo, uma lixeira. E minha conclusão é que é simplesmente mais fácil, prático e rápido. Mas também é o pior, o errado e o inconsequente.
"É só um papel de bala"; "É só uma bituca". Todos pensando assim e teremos o inferno, viveremos no lixo. Cadê a educação, São João?

sábado, 30 de abril de 2011

Convenções para nos tornar convencionais

Conhece as convenções? Pois eu as odeio.
Sabe aquela coisa de que menininho é azul e menininha rosa? Sabe que mulher não pode (ou deveria, pelo menos) falar palavrão? Sabe que toooodos aqueles feriados religiosos ou comerciais deveriam ser passados em família? Sabe que não pode (ou deveria, pelo menos) perguntar a idade de alguém? Ou ligar na casa de outrém antes das 8h e depois das 22h? Sabe que são sempre os homens que pagam o cinema, abrem a porta e tem de ficar comportadinhos por um bom período até que a convenção dos meses em que se demora para adquirir o respeito e a intimidade com a menina se completem?
Isso tudo só serve pra tornar os relacionamentos frios e mecânicos. As atitudes passam sempre pelos filtros das convenções antes de serem efetivadas, o que faz que não sejam espontâneas e isso tira em muito o percentual de veracidade na vontade de fazê-la efetiva.
Além disso, as convenções, muitas vezes, fazem com que você se contente com elas e não com o que realmente queria fazer. Exemplo prático: o ano todo ninguém de determinada família faz questão de se ver; aquela coisa clichê de dizer que só se veem em aniversário ou velório - mas ninguém move uma palha pra mudar (e não é o caso da minha). Aí no Natal estão todos lá, bonitos e sorridentes, tentando se relacionar e contar um ano em, no máximo, três horas - que é o tempo de terminar de cozinhar a ceia e ficar aquele tempinho até a comida assentar.
Não lembro exatamente em que temporada e muito menos o episódio, mas acompanho a série 'How I Met Your Mother' - cujo vício, muito eficientemente, tenho passado pra frente - e numa determinada altura da corrida incessante do personagem principal da série - se é que temos isso ali - em conseguir sua tampa de panela, ele se encontra e começa a se relacionar com uma mulher que ele crê que é a dita cuja. Como todos conhecem, começo de relacionamento é um mar de rosas e ele, apaixonado como estava, queria estar sempre por perto, falando com a moça. Porém, numa intervenção de seus amigos, seus planos foram deixados de lado pela convenção do 'ligar só depois de três dias do primeiro encontro'. Por fim, o capítulo todo transcorre na ansiedade do fim dos três dias por parte do protagonista e então decide que não, não tem de passar por aquilo, que vai ligar a hora que bem entender, porque aquela que o correspondesse à altura ou de forma correspondente, seria the one.
Portanto, nos desprendamos das convenções! Elas só nos atrasam no viver puro, simples, lindo e verdadeiro, que deveria ser posto em prática a todo momento. Através das convenções, mais e mais pessoas sem-graça aparecem, mais e mais casais sem-sal e 'feios' se unem e mais e mais emoções são deixadas de ser sentidas.
Para se relacionar com as pessoas, tanto você quanto elas têm de chegar umas às outras da forma mais fiel possível, a fim de que não seja uma relação infundada e falsa. Se ao se mostrar de forma real as pessoas, ainda assim, se gostarem - e falo assim porque pessoas, num geral, são muito difíceis -, é sinal que foram feitas umas para as outras, no grau que for; são suas tampas de panela.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Jeneci, Jeneci

Nunca fiz isso aqui no blog, mas, ontem, vendo o Marcelo Jeneci no Programa do Jô, pensei 'poxa... eu PRECISO escrever sobre esse cara' porque ele é simplesmente sensacional e eu estou apaixonada.

Ontem, como todos os dias, eu acordei mais tarde do que queria - porque meu celular quebrou e eu não tenho como pô-lo pra despertar e minhas energias estão SUPERbaixas, então eu durmo muito. Atipicamente, fui comprar um pãozinho pra tomar café da manhã - coisa que nunca faço - e aproveitei pra comprar um marca-texto e chocolate; o dia estava lindo! Acordei tão bem...
Fui almoçar no centro ouvindo Metric e acho que não existe situação na qual eu me sinta mais feliz: fones, chinelos e roupas leves e andar andar andar. Almocei muito mal, mas encontrei o amigo mais querido que tenho em SJDR e voltamos juntos, conversando. Cheguei, dei um tempinho e comecei a estudar 'pauta' pra um seminário de hoje. Nunca fui tão eficiente! Quinze páginas em duas horas. (sei, não é um bom número, mas, pra mim, é pura eficiência!)
Terminados os estudos e chegada a hora de ir à faculdade, banho com músicas ótimas do aleatório do Media Player. Saindo para ir pegar carona, o mesmo amigo estava no barzinho em frente a minha casa e me chamou pra uma cerveja (gratuita) com seus amigos. Tenham a dimensão de quão lindo foi meu dia com o seguinte dado, leitores: promoção de ANTÁRTICA SUBZERO, R$1,75 A GARRAFA.
Na faculdade, uma aula maravilhosa sobre o funcionamento de uma redação; superesclarecedora! Estava me sentindo mais inteligente ontem, mais cognitivamente produtiva!
Voltei pra casa, pedi um lanche - caro e gordo, às 0h - e comi assistindo o Jornal da Globo - depois de já ter visto Divã (sensacional). Estava me preparando para dormir quando recebi um retweet na minha timeline do microblog: Marcelo Jeneci vai estar no programa do Jô hojeeeee! =D e aí não tinha mais como; não dormiria tão cedo!
Essa introdução toda foi só pra mostrar que meu dia foi lindo - porque também nunca fiz isso aqui. Mas ele ainda podia melhorar. Tive que ficar um tempo vendo o Eri Johnson no Jô, até que ele chamou o Jeneci - que teóricamente, seria o último a ser entrevistado. Então ele tocou 'Copo D'Água', terceira faixa do álbum homônimo (o CD mais lindo que já ganhei na vida; obrigada, Ro ♥) e provável atual música de trabalho.
O Jô, então, chamou ele para seu sofá. O homem que sentou lá não era nada do que eu imaginava. Aparentando uns 26 anos, um tanto quanto calvo e com uma barriguinha de chopp, chegou Marcelo Jeneci. Estava ansiosa! Só conhecia a voz dele e, ainda, no cd. Queria saber como ele ERA, não só fisica como psicologicamente, e aí veio a surpresa. Aquela pessoa que, para mim, aparentava uma personalidade ranzinza e, até, egoísta, se mostrou um tímido, humilde e sorridente moço, cuja voz era embalada de paixão ao contar histórias muito divertidas sobre sua vida.
E contou. E cantou. E me encantou mais ainda. Disse ao amigo que me avisou sobre a aparição no late show: SANFONEIRO? (pois foi assim que o Jô o apresentou na chamada da atração) não que eu vá brochar, mas quem assiste, já parou aí. Entretanto, tenho certeza que, quando viram o talento, a voz, a leveza e a paixão - visto que não há outra palavra que o defina mais - do moço Marcelo Jeneci, nem se lembraram desse deslize de limitá-lo a esse posto. Tenho certeza que todas as mocinhas, moças e mulheres que o viram tiveram vontade de dizer que largariam tudo 'se a gente se casar domingo' para o autor da canção!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Cof, cof, cof

Não tem uma vez que eu saio de casa e não volto pra casa fedendo a cigarro, com o nariz coçando e me sentindo suja.
Eu sempre, infelizmente, só tive amigo que bebe e fuma. O 'beber' não é problema, obviamente, porque de vez em quando, eu também gosto. Além de que bebida só te deixa fedido quando você vira um copo de cerveja em você mesmo ou quando vomitam no seu pé.
Com cigarro é diferente. Você pode estar a metros de um grupo que fuma ou estar 'a favor do vento' quando sua amiga pede pra acompanhá-la na área de fumantes: de qualquer forma, o cheiro chega até você e te empreguina a roupa, o cabelo e o nariz.
Todo final de semana vou dormir morrendo de vontade de tomar uma banho, lavar o cabelo e dormir cheirosinha. Mas quem faz isso às quatro da manhã? Isso ainda é relevante ante a coceira incessante no nariz.
Pra quem tem rinite, o fato de sentir a fumaça do cigarro entrando no nariz compara-se ao cheirar uma carreira de ácaros e ficar naquele 'funga-funga' posterior, buscando aspirar até o último cm³.

Eu não pretendo, com esse texto, ser a amiga chata - já sendo. Só estou fazendo, com ele, uma indagação implícita: qual é a dificuldade de juntar uma 'caravana da fumaça', ir pra LONGE e fumar seu cigarro sem encher e sem encherem o seu saco? Um cigarro dura quanto, de cinco a dez minutos?
O assunto não vai se transformar totalmente se você sair da roda, você não será o anti-social d0 r0lê e o seu flerte não vai desandar se você se afastar da menina durante esses minutinhos. Muito pelo contrário, aliás.
Sem contar que você também vai, involuntariamente, fumar pouco, ficar menos fedido e insuportável :) haha.
Mais uma vez, não quero bancar a amiga-mala . Se o fosse, não sairia mais de casa, mas fica aí a dica.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Fulano de Tal de Oliveira Quatro!

Eu costumo dizer que, se não for mãe, não serei uma mulher completa. Se eu visito alguém com filho ou passo um diazinho sequer com meus primos, todos com três anos - aquela idade linda, que o bebê já mostra uma esperteza formidável -, volto pra casa suspirando e repetindo incessantemente 'preciso ser mãe'.
Por isso, é diversão pra mim cuidar, comprar roupinhas pra dar de presente, brincar com e, especialmente, imaginar os nomes para meus filhos. Eu deveria anotar todos que já passaram pela minha cabeça, porque a lista seria grande. Alice, Poliana e Maria Carolina, provavelmente, serão os nomes femininos nos quais pretendo bater o martelo. Amo nomes beem femininos para as menininhas e esses cumprem belíssimamente com o papel. Já para os machinhos, sempre gostei de nomes fortes e diferentes: Caetano, Bernardo, Zion e, até mesmo - por mais que nem mesmo nome isso seja -, Zeca.

Outro dia, conheci uma Poliana e comecei a pensar no quanto um nome influencia na personalidade das pessoas. Ela era irmã de uma amiga recém-conquistada na faculdade e começamos, as três, a discutir sobre isso. Na minha opinião, os nomes são os 'formadores' da personalidade; ao invés disso, elas creem que é a pessoa que te mostra características que você vai passar, a partir daí, a atribuir àquele nome.
Por exemplo: outro dia, na contra-capa da Superinteressante, tinha uma propaganda do vestibular do Senac, e eles usaram uma 'aluna' pra estrear. O nome dela era PAGU. Agora, me fala, você realmente acha que uma pessoa que se chama Pagu vai ser uma patricinha que faz administração numa faculdadezinha qualquer? (Sem preconceitos às patricinhas e/ou aos estudantes de Adm., hein? u_u) Ela tinha era que ser exatamente como era: toda alternativinha, cabelo repicado e tals e estudante de edição de vídeo! Não é perfeito?
Determinados nomes pedem determinadas atitudes. Eu sou muito Laís e meu amigo Léo (não, não é apelido) é super Léo, assim como minha mãe é Olga pra caramba e meu priminho lindo, Enzo, é um Enzo sem tirar nem por! haha.
A Poliana, por sua vez, era uma excessão à regra. Imagino uma coisa toda rosinha, menininha, mimimi... mas é meio difícil ver isso numa mulherona, boazuda com dois filhos pra criar! Minha amiga, Natasha, também se exclui dessa regra: pra mim é um nome extremamente rebelde e mais pão com ovo que ela, não existe! (te amo, amiga ♥ rere).

E o que você acha?
Se tiver mais nomes para 'analisarmos', mande nos comentários. Tenho certeza que te convenço com a minha teoria ;)
Um beijo!

domingo, 9 de janeiro de 2011

Aos 18.

Atenção!
Você está prestes a começar a leitura de um post que, provavelmente, não vá entender, tamanha a 'confusão' dele.
Assinado: a própria autora confusa.

-

Conforme as coisas vão acontecendo, eu vou vendo elas acontecerem e eu 'conheço' pessoas, mais vejo que tudo se resolve só depois dos 22 anos.
Minha teoria é que uma coisa puxa a outra. Mas começando do começo mesmo, assim como a Rebiscoito - minha mais nova... musa inspiradora, cujo blog tornou-se vício -, minha vida se baseia em amor. A ligação disso com o começo do parágrafo e do post eu vou (tentar) explicar agora.
Eu tenho dezoito anos, sou sustentada pelos meus pais e não sei ainda como me mantenho em pé com tanta insegurança dentro de mim. O fato de ter essa idade somado ao fato de depender financeiramente deles faz com que eu sinta o dever de dar a eles satisfação, se não de tudo, superficialmente de tudo que eu faço/farei/fiz.
Isso me leva a, de certa forma, temer meus planos e pensar e repensar sobre esses planos antes de fazê-los acontecer. Ou seja: dificilmente, eu posso 'meter a loca' e viajar com meus amigos ou ir pra um buteco tomar cerveja ou coisa que o valha. Claro que, por fazer faculdade longe e morar sozinha, as coisas mudam um tanto por lá. Arrisco dizer que sou uma pessoa em São João e outra em Jundiaí.
Por esse motivo, também me sinto um pouco tolhida de experiências; não sinto que a minha vida ainda seja uma coisa emocionante. Não que eu esperasse todas as aventuras e vivências de alguém com uma 'trajetória' já grande, mas digo que, se eu já posso pouco no auge da minha recém-atingida maioridade, isso é menor ainda dessa forma que eu vivo hoje. Ser dependente deixa a gente totalmente de mãos atadas.
E onde o amor entra nessa coisa toda? Eu julgo que a gente nunca vá achar um alguém legal não estando 'legal' com nós mesmos. E, na boa, quem se sente bem deixando os pais pobres todo mês, não conseguindo pôr em prática quase nada que quer e com tantos planos mal-estruturados na cabeça? Pois é...
Por isso os 22 anos. Aliás, isso me fez ver agora que, quando eu tinha uns 10 anos, eu e minha melhor amiga víamos os 18 como a idade mais linda do mundo... Mas, enfim, com 22 eu vou estar formada e vou me sentir pronta pra começar a caminhar com as minha próprias pernas, a trilhar o caminho que eu vou escolher, sem sentir esse peso da satisfação a dar. E, assim estando/ me sentindo, vou poder aproveitar bastante, tudo que quiser, o que me levará a mudar, a conhecer gente nova e conseguir AQUELE amor que eu sempre quis (mas que eu não vou contar aqui como é haha). O que espero, porém, é que suas determinadas variáveis não aconteçam somente daqui a três anos. 'Carro' não anda sem 'combustível'.
Um beijo.