(Poucos são os que conhecem esse meu texto. Poucas, também, são as vezes que me arrisco a versar.)
Cidade vazia, de tensão e de alegria.
Durante a madrugada, só o silêncio escorria.
Ao nascer do sol, surge o dia,
Quente e úmido como em Dezembro seria.
Neste, o pássaro da árvore pia.
Para ele, amanhã não há novos ano ou dia,
Segue-se sempre o mesmo, noite e dia:
À noite silencia com a cidade,
De manhã, pia para o dia.
Quisera ser sempre essa calma, mesmo que tardia.
O ambulante, trabalhador cansado, bem menos sofreria.
Sossego ele pedia ao chegar em casa, para sua cria.
Entretanto, buscava ela, no pai, a infância que nele se perdia.
Assim como se perde o encanto da cidade, quando vazia.
Se hoje fosse Março, calma já não se via,
E nada de silêncio se escutaria.
Mas, por ser Dezembro, o que se sente é a calmaria.
Muitos desceram em busca da maresia,
Outros voaram para filar a bóia com a famia.
E no céu do último dia
O brilho ensurdecedor era só o que se ouvia.
Buscavam nele aquela alegria
Para o próximo ano daquele dia.
Tinham vigor que explodia,
Para seguir pela via,
Que para a cidade é guia,
Onde, no ano que surgia,
Enfrentá-la-ia longe de ser vazia.
30/12/09 – 03h13
Você já está na Galeria da Galera da UFSJ...
ResponderExcluirEntre e confira!
http://olhapranois.blogspot.com/
Abraço!
Oiiii Laís! Caramba, adorei seu blog, vamos manter contato por aqui também, hein!
ResponderExcluirBeijoss
adorei seu blog.
ResponderExcluir